Crescimento da economia de Foz do Iguaçu está atrelado aos setores do turismo, serviços, logística e produção de energia

Dois indicadores mostram o potencial econômico de Foz do Iguaçu, que conta com uma série de investimentos de pequeno, médio e grande porte desconcentrados em diversas regiões da cidade. Decerto, o primeiro é que Foz está entre os 40 maiores PIBs (Produto Interno Bruto) entre as cidades do interior brasileiro. Conforme dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, que traz o ranking baseado em dados de 2020.
Foz aparece em 19º lugar, à frente de cidades como Ponta Grossa (22º lugar) e Cascavel (33º) e de outras do mesmo porte que não figuram na lista. Aliás, no Paraná, Foz tem o 4º maior PIB Nominal do Estado, atrás apenas da capital, Curitiba, e de duas cidades de maior porte, Londrina (15º no ranking nacional) e Maringá (16º) .
Outro indicador importante que mostra o desenvolvimento de Foz é revelado pelas licenças ambientais requeridas à prefeitura para instalação de comércios e serviços, entre outros empreendimentos. De janeiro a junho de 2023, foram 103 pedidos, para empreendimentos espalhados nas cinco regiões da cidade: norte, sul, leste, nordeste e centro. Nota-se que os pedidos são em pontos ou instalações que causam algum impacto – baixo, médio e alto – ambiental.
“A prefeitura recebe diariamente empreendedores interessados em investir no município. Os pedidos para novas empresas ou ampliações de empreendimentos são para vários setores de turismo, logística, produtos e serviços”, comentou o prefeito Chico Brasileiro.

Vetores
O PIB Nominal, como apontado pelo governo paulista, calculado a partir dos preços e valores de determinado produto ou serviço no momento em que produziu-se, diferentemente do PIB Real, que mede o volume físico de um produto ou serviço. Em PIB Real, o município está na 59ª posição do ranking nacional entre os 5.568 municípios brasileiros. De acordo com economistas, quando o indicador sobe, é sinal de que as pessoas estão com mais dinheiro no bolso e comprando mais, reflexo da oferta de empregos.
O prefeito disse que o setor logístico, o turismo e os serviços são os três vetores do crescimento da economia da cidade. “A logística ainda não entrou no radar de muita gente, mas temos que considerar, e muito, um setor que movimentou R$ 5,4 bilhões em 2022 e tem uma cadeia produtiva formada pelos serviços de transportes, armazenagem, combustíveis, autopeças, entre outros, e por diversas categorias de trabalhadores”, ponderou.
Segundo Chico Brasileiro, os centros de logística e de turismo do Mercosul garantem grandes perspectivas de curto prazo. “Os chamados hubs nas duas áreas, serão consolidados com o portal aéreo de passageiros e de cargas. A nova frente da economia de Foz do Iguaçu passa também pelo processamento e embalagem dos produtos que recebemos do Paraguai e da Argentina”, disse.

Licenças
Os pedidos de licenças mostram a tendência adiantada pelo prefeito Chico Brasileiro. São pedidos para instalação de comércios, manutenção e reparo de veículos automotores, peças e acessórios, serviços de saúde. Além disso, também a fabricação de máquinas e equipamentos, indústria metalúrgica, construção de estações emissoras e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios.
Também há pedidos para supermercados, hospedagem (hotelaria), coleta de resíduos não-perigosos. Ao mesmo tempo, comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicos, materiais de construção em geral e peças e acessórios usados por veículos automotores.
A prefeitura registrou ainda pedidos para empreendimentos de locação de automóveis e serviço de transporte de passageiros, comércio varejista de artigos de papelaria, indústria química. Bem como tratamento e/ou disposição final de resíduos sólidos, beneficiamento de minerais não metálicos e edificações de salas multiuso para aulas teóricas, administrativas e práticas.
No setor de habitação, encaminharam-se pedidos para novos condomínios residenciais verticais, além de telefonia, para instalação de 32 novas torres de transmissão.

Atuação conjunta
O economista José Gorges Bomfim Filho lembra que a economia de Foz do Iguaçu baseia-se no turismo, no comércio, na logística de transporte e na produção de energia elétrica. “Não temos uma indústria, ou seja, não temos uma economia de bens de consumo”, disse. Dentro deste contexto, além da chegada de visitantes e do tráfego de cargas pelo maior porto seco da América do Sul em movimentação, o município se beneficia com a produção energética da Itaipu Binacional.
Fonte: https://www5.pmfi.pr.gov.br/noticia.php?id=52149
Foto: Thiago Dutra/PMFI.
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